terça-feira, 6 de novembro de 2012

Crítica Música: Christina Aguilera - Lotus

  
 
Depois de ter alguns dos seus problemas expostos na media, como o seu divórcio, ser presa por excesso de álcool, errar o hino nacional americano e o seu excesso de peso, Christina Aguilera está de volta.
Quase 2 anos e meio após a cantora de "Beautiful" lançar o seu infeliz e fracassado álbum Bionic, ela regressa com o sucessor, Lotus.
Com músicas que se rendem ao que passa hoje em dia na rádio, mas mantendo também um tom Aguileriano. Com o seu registo vocal de 4 oitavas e sendo considerada uma das melhores vozes da nossa geração, Aguilera canta como se o mundo fosse acabar amanhã.





Lotus Intro: Considerada como uma música, mas para mim é apenas uma introdução ao álbum… Este slow-tempo electrónico, que conta com bastantes sintetizadores, fala do renascimento de Christina. Na música ela exprime que devemos abraçar quem somos, deixar os medos para trás e permanecer intactos a todas as atrocidades da vida sendo livres, tal como uma flor de Lotus que sobrevive em condições adversas. “Rise up Lotus, rise, this is the begining” 1.5/5

Army Of Me: Uma das mais comerciais do álbum e que tem um refrão sing-along reminiscente de uma de suas canções do álbum stripped, Fighter… One of me is wiser, One of me is stronger, One of me is a fighter”. Nada de muito excitante, e dá a sensação de uma daquelas músicas que imaginamos num show de travestis. 3/5

Red Hot Kinda Love: Uma mistura de “Holiday” de Madonna com “Brave New Girl” de Britney Spears, mais ser irritante. Tem todos aqueles ohhh ohhh, ahhh ahhh e lalalala que tornam uma música num êxito, mas aqui não resultam e torna-se infantil parecendo uma música de uma série da Disney, apesar da letra mais atrevida. Contudo, o instrumental salva a música de ser uma catástrofe, com a sua construção retro e a melodia fica presa na cabeça, sem se darem conta. 2.5/5

Make The World Move: A primeira colaboração do álbum. Numa faixa que é uma continuidade da anterior, com também o seu instrumental retro, com alusões, ao som dos anos 60, já experimentado por Aguilera em Back To Basics. “Turn up the love, turn down the hate, Make The World Move”. E é basicamente isso, uma música sobre não haver ódio. Cee-lo Green não faz nada por esta música, mas se não fosse por ele também não havia o “feel” que a música tem. 3.5/5

Your Body: O primeiro single do álbum. Muitos já conhecem. Com uma batida semi electrónica, com traços de dubstep, mas com uma tonalidade urbana. É uma boa mistura, para além do ohhhohhhh que nos deixa música presa na cabeça. Tinha que ser Max Martin (Britney Spears, Ke$ha, Katy Perry, Kelly Clarkson) a produzir esta música! É um bom single de retorno. Com “Your Body”, Aguilera tentou-se aproximar do grande público, com uma letra sobre flertar com algúem do qual nem interessa o nome. A versão inicial tinha no refrão “All i wanna do is f**k your body”, porém a versão lançada, quer para as rádios, como no videoclip, assim como também no álbum tem “Love” em vez de “F**k”. Eu pessoalmente prefiro a versão não sensorada! 5/5

Let There Be Love: A outra produção de Max Martin no álbum e sem dúvida a mais comercial e mais dançante do álbum. Com um instrumental que lembra em muito “Girl Gone Wild” de Madonna e “Turn Up the Music” de Chris Brown. Christina continua na onda do flirt, com frases como “Let there be love, Here in the, here in the dark, Turning me, turning me on, Not gonna fight anymore, ‘Cause I want your touch”. Um música contruida com várias repetições, muitos aaohhs e yeahs e com uma batida que facilmente passaria por uma produção de Calvin Harris ou David Guetta. Nesta música ter uma voz de 4 oitavas ajudou em muito, porque enquanto que noutras músicas do álbum, soa como uma gritaria descontrolada, aqui torna a música, no que ela é, um HIT! É genérica em todo o lado e desde o início que temos a sensação de “já ouvi isto antes”, mas sem dúvida a mais forte do álbum. 5/5
 
 
Sing For Me: A balada que Aguilera disse ser para os fãs. Para além da maneira que ela canta a frase “´Cause when i open my mouth, my whole heart comes out ” não há muito mais que se lhe diga. Em partes os vocais fazem lembrar bastante os de Mariah Carey. Nada de memorável. 2.5/5

Blank Page: Quando na altura vazou o demo da música cantado por Sia, a escritora da música, AMEI! Na altura dizia-se que a música iria ser dada para o novo álbum de Leona Lewis, mas sempre esperei que não porque achava que a Christina lhe iria fazer mais justiça. No entanto, quando um pedaço da música saiu com o refrão, fiquei mega desiludido. E desejei que fosse a Leona a pegar nesta música. A letra é linda e retrata o quão difícil é, por vezes pedir desculpas. A maneira de cantar o refrão não está correcta e aquele uuuuhh se a música estiver alta, é certo que alguém vai ficar surdo. Quando chego ao segundo refrão, aqui já está muito melhor! Muito melhor mesmo. Aqui sente-se e faz arrepiar “I will do anything for us to make it trough". Logo vem aquele uhh – que mata tudo! O instrumental é apenas um piano, mas é a simplicidade que faz esta música.  4/5

Cease Fire: O inicio da música parece um daqueles filmes japoneses de samurais que estão prontos para a batalha e logo a seguir Aguilera dá o seu grito do Ipiranga e nada mais apropriado para esta música. Com o instrumental que lembra os passos de uma tropa num campo de guerra. Esta canção retrata o perceber de que uma batalha não vai dar a lado nenhum e que por vezes é preciso ceder, para a batalha terminar. O pré-refrão é óptimo, o refrão é mais ou menos e a música é mehhh. 3/5

Around de World: Voltamos a um bom momento do álbum. Com os seus versos cantados como uma arma a disparar. Nesta música Christina exagera com tantos gritos! Novamente a melhor parte é o pre-refrão, porque o refrão em si não passa de uma repetição de uma maneira articulada para a música de “All around around around… the world” vezes sem conta que não é viciante, mas massador.  4/5

Circles: Mais uma para quem não gosta do trabalho de Aguilera ”Spinning around in circles, on my middle, middle finger”. No refrão, a música ganha um tom mais Rock, mas que não funciona, porque a voz da cantora está altamente processada. Completamente desinteressante! 1/5

Best Of Me: É a continuação de Lotus Intro com a ideia de prevalecer “But you will never get the best of me, no you won’t”. A melhor parte da música é por volta dos 2.35 minutos em que sentimos a fragilidade na voz de Aguilera. É um momento épico! E novamente pelo 3.40 minutos “Heartbroken and beaten, knocked down and mistreated, I will rise undefeated, I will not let you bring me down, Now the pain is deleted, and I will never repeat it” 2.5/5

Just a Fool: A outra colaboração do álbum, desta vez com Blake Shelton. Uma mistura de Pop, Rock, Country e Soul. E nunca tanta mistura funcionou tão bem. A melhor balada no álbum. A voz de Blake ressoa como se viesse directa do céu! A canção retrata um amor perdido que nunca vai voltar “I had my heart set on you, But nothing else hurts like you do, Who knew that love was so cruel”. A música fala por si. 4.5/5
 


 
Light Up The Sky: Não estava para fazer a crítica das músicas na versão de luxo, mas esta música é muito boa, para deixar passar! Retratando a força duas pessoas que amam têm, a canção tem uma letra muitíssimo bem escrita “Now we have wings, we can fly, We can be kings, you and I, Wipe away the tears from our eyes, We light up the sky”. Mas há um som pelo meio da música que é extramamente desagradável. Os vocais da música também podiam estar mais limpos, sem parecer que estão tão longes da melodia, mas entendo o conceito… 4/5

Empty Words: Soa como algo que Jordin Sparks ou Demi Lovato gravariam, o que não é uma coisa má. Foi feita para encher o álbum, nada mais. 2.5/5

Shut Up: Outra para os Haters e sem dúvida a pior do álbum! Já tínhamos ouvido uma versão mais soft em Circles, mas esta ainda consegue ser pior! “Shut up, Shut the f**k up, Running, running, running, you’re running your mouth, Would you please shut up, just shut the f**k up, Shut up, just shut the f**k up”. Para manter a classe Aguilera vem com uma rima de “lips” e “if you don’t like it, you can suck my d**k”. 1/5


Conclusão: Um álbum de longe mais coeso que Bionic, até porque é bem mais curto. É um bom álbum, mas nada memorável ou que crie novas tendências. O grande problema é que Aguilera ainda não aprendeu a controlar as suas cordas vocais e percebe-se o que o seu lema de vida não é de certeza “menos é mais” no requesito do canto. Outro é que Christina perde mais tempo a falar sobre os Haters, do que a tentar fazer um álbum que seja superior aos seus antecessores. No entanto, Lotus desempenha bem o seu papel que é apresentar novamente Christina Aguilera ao grande público, como uma interprete divertida, comercial e como uma das vozes mais potentes da história da música.
Espero que tenha muito sucesso...

 

Avaliação: 3.5/5
Comentários
11 Comentários

11 comentários:

  1. shut up, shut the fuck up.

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    1. Feeling pressed i c!
      Just gave my review and gave it a positive score, soo
      Ur just pointless

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  2. you're such an ass, JUST DIE!!!

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  3. Army of Me merecia bem mais...

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    1. Achas?? Bahh! Não há muito por onde se lhe pegue e o album tem musicas bem melhores!

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  4. Cara, cê foi um pouco duro na sua review, mais foi bem directo. eu acho qi army of me merecia melho pontuação, assim como Circles e Shup Up.
    Esperando por let there be love para segundo single
    Boa critica, continuação de bom trabalho

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    1. Army of me acho que ainda pode vir a crescer em mim, agora Circles e Shut Up, acho que sao infantis... Ha formas muito mais subtis e inteligentes de se declarar guerra aos haters

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  5. Eu concordo com o Pedro, acho que foste um pouco duro, mas sem duvida que foste directo. Eu teria dado mais ao Red Hot Kinda Love (das minhas favoritas) e tambem ao best of me.
    Ja agora sabes que essa capa é fake, certo?
    Mas tambem gosto mais desta que a original

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  6. LOOL sim Rodrigo, eu sei que a capa é fake. mas acho que é muito melhor. Tem aquele ideia "empowering" que remete à ideia da flor de Lotus. Mas eu vou mudar então.
    Obrigado

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