sábado, 15 de dezembro de 2012

Crítica Música: Rihanna Desilude com Unapologetic

 
 
E é um ano novo, o que significa um novo álbum de Rihanna.
Em sete anos, este é o sétimo álbum da cantora... Os fãs ficam contentes e os bolsos de Rihanna e da gravadora também... E eu também desde que a qualidade da música não retroceda, e é exactamente isso que acontece com Unapologetic.
 
Era para fazer uma crítica como fiz ao álbum de Christina Aguilera, com Lotus, (mais detalhada) mas é que quase todas as músicas são medíocres e básicas, o que não vale a minha perda de tempo a escrever, nem a vossa a ler...
Começando com a capa do álbum e acabando nas músicas (em geral) é um retrocesso! A evolução que se nota em Rihanna fica mesmo pelos vocais, que não estão tão irritantes como antes, e nas performances melhorou muito, MUITO MESMO!
 
Vamos então ao que interessa, a crítica ao álbum...
 
Começamos bem com "Phresh Out The Runway", que é uma barulheira pegada, mas boa. Rihanna apresenta uma música com o swag do guetto, mas que soa mais forçado do que um gato a tentar voar.

 

Continuamos com a secante, mas escalada para ter sucesso, "Diamonds". Não há muito a dizer, para além de conter sons que lembram os anos 80, e os vocais serem idênticos aos de quem escreveu a faixa, Sia. A música é um sucesso porque o nome Rihanna vende - não álbuns, mas singles...

Entramos no território BORING AS FUCK!

"Numb", que ninguém diria que tem os mesmo artistas do mega-sucesso e excelente "Love The Way You Lie", a música acaba e parece que durante 3:25 min, só ouvimos "I'm goin Numb". Eminem, só aparece mesmo para encher chouriços.
Passamos para "Pour It Up", não damos conta que a música acaba, mas também parece que nunca começou!
Entramos em "Loveeeeeeeeee Song" (não haviam mais "e"?) e sabemos que o senhor está cheio de dores de barriga e que está a vomitar! O som oriental e mais relax da música é muito bom, mas não me façam ouvir isto outra vez, POR FAVOR!

Aqui o álbum começa a ficar melhor! Muito melhor!
Seguimos com "Jump", uma música de swag e que apesar de não ser melhor que "Phresh Out The Runway", soa muito mais autêntica... Após o refrão "If you want it, Let's do it, Ride it, My Pony", começa uma batida frenética (da qual Skrillex ficaria orgulhoso) com um senhor qualquer a repetir "Jump" - a boa continuação de "Birthday Cake".

Chegamos finalmente à participação de Rihanna com David Guetta. Sem dúvida a mais genérica do álbum, feita para "se o resto não der certo, seguimos com isto", tal como Rudeboy foi colocada em Rated R com esse intuito (e funcionou porque o resto estava a afundar mais rápido que o Titanic).
"Right Now" destaca-se não só pela sua batida, mas também porque não é tão pesada, nem tão negra, como as restantes do álbum. Umas das melhores!
 
 
Passamos para a primeira balada do álbum "What Now". A melodia dominante é a de um piano, excepto no refrão em que a música ganha um tom mais desesperado e urgente. A voz de Rihanna é o principal instrumento em "What Now" e ela que começa com um vocal frágil, quando chega ao refrão entra em desespero e segue a melodia porque não sabe o que fazer agora - no entanto depois de ouvir a música só me lembro de "Whatttttt Nooooowwwwww".

"Stay" que não traz nada de novo e não faz nada por-me fazer ficar! É um piano a tocar que faz lembrar sinos. Vocalmente não é muito desafiante, e musicalmente também não. A melhor parte da música fica pelos três segundos que seguem os 3:48...

Começa aquela que tenta ser a música controversa do álbum - "Nobody Business" com uma sonoridade dos anos oitenta e partes da letra retiradas do Hit "The Way You Make Me Feel" do eterno Rei da Pop Michael Jackson. Mas a controvérsia "tenta" ser por causa da participação do agressor de mulheres Chris Brown - e quando digo mulheres, digo, a própria Rihanna.
Na música Rihanna diz que ninguém tem nada a ver com a relção deles "Ain't Nobody Business, Just mine and my baby", no entanto é Rihanna que nos "enfia" o tema da relação deles pela garganta abaixo (ou cérebro adentro)...
Primeiro vitimizou-se em Rated R. Em Talk That Talk voltou a chamar atenção para o assunto, quando chamou Chris Brown para participar na fraca, vulgar e inútil "Birthday Cake e agora diz que ninguém tem nada a ver com a relação deles!
Também sou da opinião que não, Rihanna. Agora deixa o tema em paz, porque nós já percebemos a ideia e nem nos lembramos muito do assunto!

Deixando a "tentativa" de controversia de lado, é uma das melhores do álbum, apesar da maneira de prenunciar "Ain't Nobody Bineeeh" WTF?!
 
 

"Love Without Tragedy/Mother Mary" - mais uma sobre o tema anterior - pois...
Em "Love Without Tragedy" estamos de volta aos tempos em que Madonna dominava as tabelas musicais. A faixa que conta com fortes vocais da cantora, "What is love without tragedy?" Rihanna pergunta - fazendo uma alusão ao que se passou entre ela e Brown. Prosseguimos para a outra parte da música, "Mother Mary" que apesar de ser mais fraca, a melodia é mágica. parece que foi tirada de um jogo do Final Fantasy! Gostava de ouvir as músicas independentes, mas acho que uma sem a outra não iam funcionar tão bem. A música que eu acho que provavelmente seja mais pessoal e mais introspectiva dos últimos anos de Rihanna.

E perto do lançamento do álbum, deviam ter poucas música gravadas então atiraram lá para o meio "Get it over With" - que não me acredito que é o mesmo produtor das faixas "Pass Out" de Chris Brown, de "Disturbia" e de "Fire Bomb" (que para mim fazem parte das cinco melhores músicas da discografia de Rihanna).

"No love Allowed" que é a "Man Down" deste álbum, no entanto uma versão medíocre, também sou sincero, nunca gostei da 1ª portanto, uma segunda, pior produzida, pior escrita e mais secante... Nahhh Not Here For That
 
 
"Lost In Paradise" faz-me lembrar uma cena medieval, mas não é tão excitante, como qualquer que seja essa cena...
E por último (Thank God) "Half of Me" que é uma das melhores álbuns, os vocais estão limpos e até que a música fica na cabeça e devia estar na versão normal do álbum e não na de luxo! (Mas bem, se querem que a de luxo venda, também têm que pôr alguma coisa que preste).
Ao menos terminámos bem! Yey!
 
Conclusão: Unapologetic foi feito a correr - literalmente -  para tentar voltar à época de Rihanna mais aclamada pela crítica, a era do álbum Rated R. No entanto falha profundamente...
As músicas são fracas, secantes, e não há muita coisa que se destaque... Os fãs (aqueles mesmo fãs doidos) ficam contentes com o álbum, aqueles que são fãs como eu, ficam desapontados e o público em geral nem vai dar pelo álbum! Se calhar a estratégia de lançar um single todas as semanas, um videoclip todos os meses e um álbum todos os anos, não está a dar assim tão certo - porque as críticas ao álbum, no geral são fracas!
Um grande retrocesso de Talk That Talk que nem era assim tão bom (além de 3/4 músicas - mas que eram realmente boas) e sem dúvida que Unapologetic é o pior álbum de Rihanna desde o seu segundo álbum "A Girl Like Me".
 
A única coisa que me deixa contente é saber que faltam cerca de 11 meses para Rihanna lançar um novo álbum!
Hit: "Phresh Out the Runway", "Jump", "Right Now" e "Nobody Business".
 
Avaliação: 4/10
 
 
 
(Eu sei, mas é mesmo mau!)
 
 

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